O mecanismo mais comum ocorre quando o joelho está fixo ao solo, parcialmente dobrado e a pessoa realiza uma rotação interna do fêmur, fazendo com que a tíbia gire externamente em conjunto com uma força em valgo (joelho indo para dentro).
Essa posição estica o ligamento e, quando ocorre com força o suficiente, o acaba rompendo-o.
Outro mecanismo possível de ruptura do ligamento é a hiperextensão. Isso pode ocorrer quando realizamos um chute ao vento, por exemplo, ou mesmo ao forçarmos a perna para trás com o pé preso ao solo.
Quando saltamos e caímos novamente ao solo, podemos realizar esse movimento de forma perigosa aumentando nossas chances de romper o ligamento
O LCA consegue resistir a forças de, aproximadamente, 1500-2000 newtons e, quando aplicamos uma força maior do que esse valor, ele acaba rompendo.
Por causa das características mais marcantes de movimentação rotacional e pivotagem, os esportes mais comuns de ocorrer a lesão são futebol, basquete, ski, ginástica, entre outros.
Em resumo, a lesão do LCA em atletas provavelmente tem uma etiologia multifatorial, com vários elementos potenciais que determinam o mecanismo de lesão. Não parece haver um fator de risco isolado presente em todos os casos de lesões do LCA sem contato direito.
A consequência imediata da lesão do ligamento se manifesta através de um quadro doloroso, inchaço no joelho e incapacidade funcional devido a inflamação ocorrida após a sua lesão.
Após algumas semanas, porém, o corpo se recupera da injúria e inflamação inicial, melhorando bastante o quadro clínico de dor, inchaço e dificuldade de apoio do membro.
No entanto, este é um ligamento que não cicatriza adequadamente sozinho e, em decorrência disso, após uma lesão completa o joelho perde a estabilidade.
O ligamento cruzado anterior é responsável por estabilizar nosso joelho e restringir que a nossa tibia se desloque para frente, além de restringir movimentos rotatórios exacerbados no nosso joelho.
Dessa forma, a primeira consequência de sua lesão é a manifestação de uma instabilidade anterior ou anterolateral (rotatória). Essa instabilidade é sentida no joelho como se fosse um jogo, um falseio ou uma insegurança e é normalmente sentida em atividades que forçam a atuação do LCA, principalmente atividades de rotação e pivot.
Essas atividades são muito comuns nos esportes e esse é um dos motivos que nos levam a realizar o tratamento cirúrgico.
Além desta sensação de falseio, quando movimentos exacerbados forçam novamente a articulação ausente de LCA, o joelho fica propenso a ter novas entorses e, assim, ter novos quadros dolorosos agudos com inchaço e inflamação durante as atividades. As entorses de repetição são outra consequência da lesão do LCA.
A cada nova entorse de repetição o joelho fica em risco para ter novas lesões, pois o movimento brusco sofrido devido a falta do LCA pode fazer com que as estruturas do joelho se choquem entre si causando novas lesões a qual chamamos de lesões associadas.
Dessa forma, podemos machucar outras estruturas do joelho, como os meniscos, cartilagem e até mesmo outros ligamentos.
No longo prazo, novas entorses, novas lesões e a movimentação e estabilidade anormal de um joelho sem ligamento cruzado fazem com o que ele se machuque tanto que entra num processo/ciclo vicioso em que ocorre cada vez mais lesões e cada vez mais inflamação.
Isso pode ocorrer até chegar o momento em que esse processo seja irreversível e um quadro de artrose seja instalado.
Sabemos que pacientes com lesão do LCA tem chance aumentada de ter artrose de joelhos no futuro e, apesar de sua gravidade e sintomas dependerem de diversos fatores, é importante conhecer esse risco.
Tratar estas lesões é essencial para evitar complicações e o ortopedista especialista em joelho será fundamental para te ajudar neste processo.
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Médico ortopedista especialista em cirurgia de joelho graduado pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Medicina da USP.
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DR. DIEGO MUNHOZ
Dr. Diego Munhoz é médico ortopedista especialista em cirurgia de joelho graduado pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Medicina da USP.
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