Tratamento da lesão no menisco: é possível não operar?

23 de agosto de 2022

Com certeza é possível não operar uma lesão de menisco. A maioria das lesões são capazes de responder e ter um bom resultado com o tratamento conservador, ou seja, sem cirurgia.

Para entender melhor quais são as lesões que costumamos não indicar, inicialmente, o tratamento cirúrgico, precisamos pontuar algumas características.


Como definir se o tratamento da lesão do menisco sem cirurgia será indicado?


Avaliação do tipo de lesão


A primeira coisa que devemos entender é que existem lesões do menisco traumáticas, ou seja, que ocorrem agudamente após alguma entorse, e lesões que ocorrem por desgaste e pequenos traumas ao longo dos anos.


De forma geral, as lesões meniscais degenerativas costumam ser passíveis de tratamento não cirúrgico. Esse tipo de lesão costuma ser horizontal dentro do menisco e é mais estável de forma geral do que as lesões traumáticas.


Lesões traumáticas precisam ser avaliadas em relação a sua estabilidade, tempo, tamanho, e outras lesões associadas, por exemplo.


De forma geral, lesões instáveis tendem a necessitar de cirurgia. Alguns exemplos de lesões instáveis são: 


  • Flaps grandes (pedaços) podem se deslocar para locais incômodos do joelho e causar dor e bloqueio;
  • Lesões em alça de balde (longitudinais grandes) também incomodam e são instáveis, causando sintomas;
  • Lesões radiais completas (atravessando o menisco) fazem com o que todo o menisco saia do lugar. Essas lesões, normalmente, precisam de cirurgia.


Avaliação do tempo de lesão


Outro aspecto que comentamos é o tempo de lesão. Lesões que ocorreram a mais tempo tem seu potencial de cicatrização mais limitado, pois ocorre degeneração do resto do menisco e há menor probabilidade de uma sutura cicatrizar o menisco adequadamente. 


Dessa forma, lesões agudas são mais propícias para o tratamento cirúrgico de sutura.


Avaliação do tamanho


O tamanho de uma lesão também influencia nossa decisão. Lesões menores do que 1cm são passíveis de tratamento conservador, enquanto lesões maiores tendem a necessitar de estabilização cirúrgica.


Avaliação das lesões associadas


Outro ponto importante de análise é como está o joelho ao redor dessa lesão de menisco. É muito comum encontrarmos lesões de menisco em pacientes que já possuem artrose avançada. Nesse contexto, o tratamento conservador costuma ser a primeira opção, pois não adianta só tratar o menisco sendo que todo o resto do joelho também está doente.


Por fim, nas lesões de ligamento que já são de indicação cirúrgica, tendemos a avaliar cirurgicamente o menisco também. A lesão do ligamento cruzado anterior junto com uma lesão meniscal, por exemplo, aumenta as chances de cicatrização e, por isso, há uma tendência cirúrgica nestes casos também.


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Dr. Diego Munhoz

Médico ortopedista especialista em cirurgia de joelho graduado pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Medicina da USP.

Acompanha com proximidade o quadro clínico do paciente e atua do diagnóstico a reabilitação!

  • Graduado em medicina pela Universidade de São Paulo (USP);
  • Residência em Ortopedia pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Medicina da USP (IOT HC FMUSP);
  • Especialização em cirurgia de Joelho pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Medicina da USP (IOT HC FMUSP);
  • Preceptor dos residentes de ortopedia durante o ano de 2018 no Instituto de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Medicina da USP (IOT HC FMUSP);
  • Preceptor dos alunos de medicina(internos) durante o ano de 2019 Faculdade de Medicina da USP (IOT HC FMUSP);
  • Habilitado em Cirurgia Robótica do Joelho;
  • Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Joelho;
  • Membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia;
  • Atualmente, cursa doutorado pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Medicina da USP (IOT HC FMUSP).
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