Com tantos possíveis problemas que a lesão do LCA causa, será que existe espaço para o tratamento sem cirurgia?
E a resposta é sim, essa possibilidade existe, porém alguns requisitos devem ser preenchidos e alguns pontos esclarecidos ao paciente.
Vamos conversar sobre aspectos que devemos analisar na hora de ter essa decisão:
A idade por si só não é uma contra indicação ou um empecilho para o tratamento cirúrgico. É claro que, para pacientes muito idosos e com baixa funcionalidade, raramente indicamos cirurgia, mas é necessário entender a demanda do paciente e funcionalidade geral para que possamos tomar a melhor decisão.
De forma geral, o ligamento cruzado rompido de forma isolada, quando bem reabilitado, não costuma dar sintomas nas atividades de baixa demanda do dia a dia.
Caso o paciente, apesar de ter uma idade mais avançada, realize atividades esportivas ou laborais que exijam alta demanda, movimentos rotacionais, mudança de direção ou apresente instabilidade sintomática, a cirurgia pode ser indicada.
Caso o paciente tenha apenas atividades cotidianas e/ou esteja disposto a mudar seu estilo de vida para atividades menos arriscadas, o tratamento conservador do LCA pode ser uma boa opção.
Outro ponto importante para a tomada de decisão sobre o tipo de tratamento é o grau de lesão do ligamento, ou seja, se é um estiramento, lesão total ou lesão parcial.
Esse ponto é mais delicado, pois é difícil saber até quando uma lesão identificada como parcial na ressonância causará sintomas ou não.
Nestas situações, é importante fazer a correlação com os sintomas do paciente e o exame físico, ou seja, o grau de frouxidão encontrado nas manobras do joelho.
Caso perceba-se que o joelho está firme nas avaliações, uma lesão parcial pode ser eventualmente tratada de forma conservadora, sem cirurgia.
Devemos avaliar também a presença de lesões associadas ao ligamento no joelho de paciente. Muitas vezes, o paciente possui lesões de menisco, cartilagem ou outros ligamentos que já são de indicação de cirurgia e, neste caso, apesar do paciente não ter uma atividade física tão importante, a estabilidade do LCA ajuda na cicatrização de outras estruturas, como por exemplo, nas lesões de menisco.
Nos casos em que a lesão do LCA ocorreu de forma isolada, há uma maior chance de indicarmos o tratamento sem cirurgia.
O tempo de lesão e condição do joelho também possuem papel fundamental na decisão de tratamento. Lesões muito antigas ou lesões em pacientes que já possuem um desgaste do joelho podem não ser candidatas a um tratamento de reconstrução do ligamento, ou mesmo precisar de outra cirurgia para “remediar” as consequências da lesão crônica.
Já casos em que há um desvio da perna, por exemplo, muitas vezes necessitam de um alinhamento com uma osteotomia para que o joelho não force o ligamento.
Casos de artrose avançada após muito tempo de lesão de ligamento podem precisar de outras cirurgias, por exemplo, a prótese de joelho.
Após a análise destes principais fatores e decisão sobre o tratamento não cirúrgico, é importante entender que o fato de não operar não significa que não será realizado o tratamento.
A reabilitação cumpre um papel importantíssimo nesse processo e é importante manter um tratamento fisioterápico seriado respeitando as fases desde o período inicial, com controle de dor, alongamento e isometria, até as fases finais de reabilitação, com fortalecimento e retorno às atividades.
Somente um ortopedista especialista em joelho poderá dar as devidas orientações para seu caso!
Médico ortopedista especialista em cirurgia de joelho graduado pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Medicina da USP.
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DR. DIEGO MUNHOZ
Dr. Diego Munhoz é médico ortopedista especialista em cirurgia de joelho graduado pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Medicina da USP.
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