Entenda como a radiografia do joelho pode nos ajudar

30 de setembro de 2021

A radiografia de joelho é um exame que utiliza raio X, um tipo de radiação que pode passar pelo corpo, mas não é sentida e nem vista a olho nu.

À medida que passa pelo corpo, a energia do raio X é absorvida em ritmos diferentes pelas diversas estruturas.

Então, um detector localizado do outro lado do paciente capta os raios X depois que eles passam pelo corpo e os transforma em uma imagem.

Assim, as partes densas do corpo pelas quais os raios X têm mais dificuldade de passar, como o osso, aparecem como áreas brancas claras na imagem.

Já as partes mais suaves pelas quais os raios X podem passar com mais facilidade, como o coração e os pulmões, aparecem como áreas mais escuras.

Sendo assim, na radiografia de joelho as estruturas que mais conseguimos visualizar são os ossos da tíbia, fêmur e patela. 

Podemos avaliar também outras estruturas, mas de forma menos acurada. Além disso, em alguns casos, calcificações e outros acometimentos dos tecidos ao redor podem tornar essa visualização mais fácil.

Quais doenças ou lesões a radiografia do joelho ajuda a diagnosticar?

A radiografia de joelho ajuda a identificar os seguintes problemas na articulação:

  • Fraturas;
  • Deslocamentos;
  • Infecções;
  • Alinhamento;
  • Necrose;
  • Avulsões ligamentares;
  • Tumores;
  • Malformações.

Quais tipos de radiografia do joelho disponíveis?

Atualmente, existem alguns tipos diferentes de radiografia do joelho, cada uma com funções distintas, são elas:

  • Incidências comuns: avalia a articulação de frente, perfil e de forma oblíqua. Esse é o tipo mais comum de radiografia do joelho, capaz de mostrar as principais incidências da articulação.
  • Axial: avalia bem a patela e seu alinhamento;
  • Panorâmica: avalia o alinhamento do joelho;
  • Com estresse: ajuda a compreender a estabilidade do joelho no contexto de lesões ligamentares;
  • Com contraste: atualmente, é pouco utilizada devido ao avanço da medicina com exames de ressonância magnética, principalmente;
  • Fluoroscopia: realizado de forma dinâmica, normalmente pelo médico cirurgião durante cirurgias para ajudar na realização do procedimento.

Realizamos todos os tipos de radiografias com o indivíduo parado entre duas máquinas, uma de emissão e uma captação dos raios X.

Essas variações do exame diferem na posição do paciente para que os raios entrem na angulação mais adequada de modo a observarmos as estruturas da melhor forma. 

Existem pacientes que não podem fazer o exame de raio X? 

Poucas são as restrições para a realização de radiografias.

De forma geral, evitamos seu uso excessivo em qualquer pessoa para diminuir a exposição à radiação, que pode levar a processos neoplásicos (multiplicação de células, malignas ou não).

Além disso, seu uso em crianças e gestantes deve ser feito com cautela, pois estes grupos estão mais sujeitos a complicações, como mal formações e processos neoplásicos.

Nestes casos, podemos utilizar aparelhos de proteção que diminuam a exposição de outras partes do corpo à radiação.

Pessoas com dificuldades de posicionamento, contratura ou deformidades também podem não conseguir realizar o exame em posição adequada. 

Nestes casos, podemos utilizar exames complementares, como a ultrassonografia, ressonância magnética e tomografia para realizar o diagnóstico no joelho.

No entanto, devemos avaliar individualmente o uso de exames em substituição à radiografia do joelho no caso de dificuldades.

Quais os prós e contras da radiografia do joelho? 

O raio X é um exame com bom custo-benefício, uma vez que tem baixo custo, é indolor e com poucas complicações.

O principal contra desse exame é a exposição à radiação, mas hoje em dia essa exposição é pouca e controlada.

Apesar disso, não devemos ignorar este aspecto negativo, principalmente em pacientes com necessidade de realização de exames periódicos e pacientes mais jovens. 

Ademais, algumas posições podem ser incômodas ao paciente, principalmente no contexto de trauma, alteração, dor e inflamação aguda na articulação.

Caso tenha dúvidas em relação a realização de exames, não deixe de conversar com seu médico ortopedista .

A informação é sempre a melhor aliada e pode te trazer mais tranquilidade!

Dr. Diego Munhoz

Médico ortopedista especialista em cirurgia de joelho graduado pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Medicina da USP.

Acompanha com proximidade o quadro clínico do paciente e atua do diagnóstico a reabilitação!

  • Graduado em medicina pela Universidade de São Paulo (USP);
  • Residência em Ortopedia pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Medicina da USP (IOT HC FMUSP);
  • Especialização em cirurgia de Joelho pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Medicina da USP (IOT HC FMUSP);
  • Preceptor dos residentes de ortopedia durante o ano de 2018 no Instituto de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Medicina da USP (IOT HC FMUSP);
  • Preceptor dos alunos de medicina(internos) durante o ano de 2019 Faculdade de Medicina da USP (IOT HC FMUSP);
  • Habilitado em Cirurgia Robótica do Joelho;
  • Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Joelho;
  • Membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia;
  • Atualmente, cursa doutorado pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Medicina da USP (IOT HC FMUSP).
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