Compressa de gelo no joelho, quando fazer?
A compressa de gelo no joelho, ou crioterapia, é talvez a modalidade terapêutica mais simples e antiga no tratamento de lesões agudas de partes moles.
As compressas são boas opções coadjuvantes no tratamento da dor e outros sintomas de lesões.
Propõe-se que, ao diminuir a temperatura do tecido, ocorre uma redução do metabolismo e espasmo muscular, bem como da dor.
Assim, temos uma redução do processo inflamatório, auxiliando a recuperação após um trauma nos tecidos moles.
Como a compressa de gelo no joelho deve ser feita?
Indicamos as compressas frias em traumas ortopédicos agudos, como entorses de joelho, contusões, fraturas, lesões musculares, dentre outras.
Apesar de poder existir variações, indicamos a crioterapia por um período de 10 a 30 minutos, cerca de 4 a 6 vezes ao dia.
Existem alguns erros ao fazer uma compressa fria que devemos evitar, por exemplo:
- Realizar em tempo insuficiente, normalmente, um mínimo de 10 minutos é preconizado;
- Realizar por tempo exacerbado, sem repetições. Devemos evitar usos muito prolongados, maiores do que 30 minutos;
- Não acoplar adequadamente o dispositivo de crioterapia no local de lesão;
- Não proteger a pele do contato direto com o gelo, podendo causar queimaduras locais se feito por muito tempo e sem a devida proteção.
Qual a diferença de fazer compressa fria ou compressa quente?
Esta é uma dúvida comum dos pacientes e devemos esclarecer a diferença entre a compressa quente e a fria.
Isso porque, fazer a compressa errada pode gerar efeitos indesejados e complicações.
A compressa de gelo é normalmente indicada para situações nas quais seu efeito vasoconstritor (redução de calibre dos vasos sanguíneos) diminui o aporte de células inflamatórias na região, melhorando o inchaço, a dor e a função local.
Por isso, indicamos esta compressa em processos agudos inflamatórios, como quedas, pancadas, estiramentos ou entorses.
Já as compressas quentes têm o efeito contrário, ou seja, provocam a dilatação dos vasos sanguíneos, aumentando o fluxo de sangue no local e proporcionando um relaxamento muscular com alívio da dor.
Então, estas compressas devem ser realizadas em casos de contraturas e dores musculares e para dores crônicas, como aquelas dores constantes no joelho, nas costas ou no pescoço.
É preciso estar atento, pois fazer a compressa errada pode trazer efeitos contrários daqueles desejados.
Por exemplo, ao sofrer uma pancada no joelho, caso o paciente faça uma compressa quente, pode acabar provocando maior inchaço na região.
Já uma compressa fria no caso de contratura muscular pode piorar significativamente a dor.
Por isso, é essencial ter atenção e cuidado ao fazer as compressas, evitando os tratamentos caseiros por conta.
Busque sempre a orientação de um profissional e siga à risca as orientações do médico ou fisioterapeuta!
Dr. Diego Munhoz
Médico ortopedista especialista em cirurgia de joelho graduado pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Medicina da USP.
Acompanha com proximidade o quadro clínico do paciente e atua do diagnóstico a reabilitação!
- Graduado em medicina pela Universidade de São Paulo (USP);
- Residência em Ortopedia pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Medicina da USP (IOT HC FMUSP);
- Especialização em cirurgia de Joelho pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Medicina da USP (IOT HC FMUSP);
- Preceptor dos residentes de ortopedia durante o ano de 2018 no Instituto de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Medicina da USP (IOT HC FMUSP);
- Preceptor dos alunos de medicina(internos) durante o ano de 2019 Faculdade de Medicina da USP (IOT HC FMUSP);
- Habilitado em Cirurgia Robótica do Joelho;
- Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Joelho;
- Membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia;
- Atualmente, cursa doutorado pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Medicina da USP (IOT HC FMUSP).
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DR. DIEGO MUNHOZ
Dr. Diego Munhoz é médico ortopedista especialista em cirurgia de joelho graduado pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Medicina da USP.
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